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Crescimento de 2% na indústria em 2025 desafia expectativas

O Brasil prevê um crescimento de 2% na indústria em 2025, segundo projeções recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mas o que esse número realmente representa para a economia e para o dia a dia das empresas? Com um desempenho mais modesto que o de 2024, o avanço previsto acende um alerta, e ao mesmo tempo, uma oportunidade. Segundo especialistas, fatores como juros elevados, crédito restrito e baixa confiança do consumidor ainda impõem limites à expansão do setor. No entanto, mesmo em um cenário de cautela, há sinais de recuperação, impulsionados por setores estratégicos e mudanças no cenário internacional. Você também já se perguntou como essas previsões afetam diretamente os negócios, investimentos e empregos no país? Neste bate papo, vamos além do número. Vamos entender o que impulsiona (ou trava) a indústria brasileira, quais setores lideram esse crescimento e o que você pode esperar do mercado em 2025. Panorama atual da indústria brasileira: onde estamos e para onde vamos O setor industrial brasileiro atravessa uma fase curiosa: não está no auge, mas também está longe do fundo do poço. Depois de um crescimento de 1,6% em 2023, segundo o IBGE, o desempenho da indústria vem mostrando fôlego moderado, mesmo com o cenário econômico jogando contra em alguns momentos. O que segura o passo? Uma mistura de fatores. Taxas de juros ainda elevadas esfriam o crédito. Isso afeta diretamente desde grandes fabricantes até o pequeno fornecedor que depende de financiamento para girar o estoque. Soma-se a isso a queda no consumo das famílias, que ainda sentem no bolso os resquícios da inflação acumulada nos últimos anos. Mesmo assim, o setor não está parado. Pelo contrário, há movimentações importantes acontecendo nos bastidores. A indústria de transformação, por exemplo, mostra sinais de reorganização, especialmente nos setores de alimentos, químicos e bens de capital. Já o setor automotivo ensaia retomada com incentivos e ajustes nas cadeias de suprimento. Há também um empurrãozinho vindo de fora. Exportações de produtos industrializados seguem em níveis relevantes, especialmente com a demanda constante por commodities e insumos básicos em países parceiros. Isso ajuda a equilibrar parte das perdas internas. Então, para onde vamos? Projeções da CNI indicam um crescimento de 2% na indústria em 2025. Pode parecer modesto, mas é um salto em relação aos últimos cinco anos, especialmente considerando que o país ainda enfrenta desafios fiscais e políticos. A pergunta que muitos empresários fazem é: esse ritmo vai pegar tração ou vamos seguir no passo lento? A resposta depende de ações práticas, tanto do setor privado quanto do governo. Investimento em inovação, desburocratização e estabilidade econômica continuam sendo as chaves do jogo. Se a indústria for tratada com a atenção que merece, 2025 pode ser o ano em que o Brasil retoma seu papel de protagonista no cenário produtivo. Setores que mais contribuirão para o crescimento de 2% na indústria em 2025 É certo que o Brasil apresenta um crescimento de 2% na indústria em 2025, mas esse número não vem do esforço de todos os setores ao mesmo tempo. Na prática, alguns segmentos puxam a fila, enquanto outros ainda patinam. Entre os destaques, o setor de alimentos continua sendo um dos mais consistentes. Mesmo em períodos de baixa, ele se mantém firme, afinal, comida é prioridade. Em 2025, com a expectativa de queda lenta na inflação e melhora gradual do poder de compra, o segmento pode avançar com mais tranquilidade. Outro setor com bom desempenho previsto é o de papel e celulose. Exportações sólidas, demanda estável de mercados internacionais e investimentos em sustentabilidade colocam essa indústria em uma posição confortável. Mesmo com oscilações cambiais, as margens continuam interessantes para quem atua com foco externo. O setor farmacêutico também aparece na linha de frente. Com mais investimentos em inovação e uma população que envelhece, a demanda por medicamentos segue em alta. Além disso, há incentivos à produção local, o que fortalece ainda mais o cenário. Já a indústria de bens de capital, aquela que fabrica máquinas e equipamentos, ganha fôlego com a expectativa de projetos em infraestrutura e energia. Mesmo que o ritmo de execução ainda seja lento, a intenção de investimento por parte do governo e do setor privado mantém a engrenagem girando. E o setor automotivo? Ainda enfrenta obstáculos, como o custo elevado de produção e a incerteza sobre incentivos fiscais. No entanto, se houver sinalizações claras do governo e estímulo ao carro híbrido e elétrico, ele pode surpreender no segundo semestre de 2025. Vale lembrar que nem todos terão a mesma sorte. Segmentos como vestuário e calçados, por exemplo, ainda sofrem com o consumo retraído e a concorrência externa. A conclusão? O crescimento da indústria não será uniforme, será puxado por nichos específicos. E para quem atua ou investe nesse setor, entender quem são esses “tratores” faz toda a diferença na hora de tomar decisões. Impactos regionais: como o crescimento varia entre os estados brasileiros Nem todo crescimento é igual, e na indústria brasileira, isso é mais do que evidente. Enquanto alguns estados se organizam para surfar a onda de 2025 com mais estrutura, outros ainda estão remando contra a corrente. Falar de crescimento nacional sem olhar para as particularidades regionais é perder metade da história. O Sudeste segue sendo o grande polo industrial do país. São Paulo, por exemplo, concentra cerca de 30% da produção industrial brasileira, segundo dados do IBGE. Com infraestrutura mais consolidada e acesso facilitado ao crédito, o estado tende a sustentar parte significativa dos 2% de crescimento projetados para 2025. Minas Gerais e Espírito Santo também devem manter bom ritmo, especialmente nos setores de siderurgia e papel e celulose. No Sul, os estados mantêm uma performance estável, com destaque para o Rio Grande do Sul na indústria de alimentos e maquinário agrícola. Santa Catarina, por sua vez, vem ganhando espaço com tecnologia e inovação, especialmente no setor têxtil e metalúrgico. Já o Centro-Oeste vive um paradoxo: é forte no agro, mas ainda engatinha em alguns setores industriais. Mato Grosso e Goiás têm atraído investimentos em agroindústria, o que

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EUA Impõem Tarifa de 50% sobre o Aço Brasileiro: Como a Induspar Pode Ajudar Fabricantes Brasileiros

Você já se perguntou por que, de repente, os EUA impõem tarifa de 50% sobre o aço brasileiro? A decisão pode parecer abrupta, mas ela é resultado de uma velha prática no comércio internacional: proteger o mercado interno. Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a justificativa oficial é de segurança nacional. Isso mesmo. A explicação é que o excesso de aço importado, especialmente de países como o Brasil, ameaça a autossuficiência industrial americana. Parece exagero? Talvez. Mas esse argumento tem sido usado repetidamente como base para barreiras comerciais. Só em 2024, os EUA importaram mais de US$ 4,67 bilhões em aço e ferro brasileiro, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa uma fatia considerável das exportações do Brasil no setor. Dá pra entender por que esse movimento causou tanto alarde, né? E não para por aí. A medida não afeta só empresas gigantes. Pequenas e médias siderúrgicas também sentem o baque. Principalmente aquelas que têm contratos em andamento com compradores norte-americanos. Agora, a pergunta que não quer calar: como enfrentar essa marretada comercial sem sair do jogo? Calma, a gente já chega lá. Base legal da tarifa de 50% A taxação foi aplicada com base na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, uma legislação que permite ao presidente dos EUA adotar medidas contra importações que ameacem a segurança nacional. Essa seção autoriza tarifas, cotas ou restrições sempre que o Departamento de Comércio identificar que a dependência externa pode afetar setores estratégicos, como a indústria de defesa, construção naval e infraestrutura crítica. Essa não é uma lei nova — ela já foi usada em outras ocasiões, mas ganhou destaque em 2018, quando os EUA iniciaram uma série de tarifas com foco na indústria do aço e alumínio.Agora, em junho de 2025, essa política foi intensificada com a elevação da alíquota de 25% para 50%, ampliando o impacto sobre os países exportadores, como o Brasil. Como é aplicada na prática O imposto de 50% é aplicado sobre o valor aduaneiro total da carga de aço no momento em que ela entra nos EUA. Esse valor inclui não apenas o custo da mercadoria, mas também frete e seguro. Por isso, os custos para o importador sobem significativamente. Imagine que um lote de aço é exportado por US$ 100 mil. Com a tarifa, o comprador nos EUA terá que pagar US$ 150 mil, sem contar outros tributos internos. Isso muda o jogo nas negociações. Muitos compradores americanos repensam suas ordens, renegociam prazos e valores ou simplesmente buscam fornecedores de países não afetados pela tarifa. Impacto nos preços e negociações Esse tipo de taxação afeta toda a cadeia. Exportadores brasileiros precisam reduzir margens para tentar manter a competitividade. Compradores americanos ficam mais seletivos e, em muitos casos, pressionam por condições extras, como prazos estendidos ou isenções parciais via pedidos administrativos ao governo dos EUA. O resultado? A negociação fica mais dura, mais técnica e muito mais dependente de relações comerciais sólidas. Empresas brasileiras que não se preparam acabam perdendo espaço num mercado cada vez mais competitivo e volátil. É por isso que eventos como a Feira Induspar são estratégicos: lá, os fabricantes se conectam diretamente com outros mercados, expandem a base de clientes e reduzem a dependência de decisões unilaterais como essa. Como a taxação do aço afeta o Brasil na prática? A tarifa imposta pelos Estados Unidos impacta diretamente a economia brasileira, com efeitos visíveis nas exportações, na saúde da indústria siderúrgica e na resposta institucional de empresas e associações do setor. Impacto nas exportações brasileiras Mais de 60% das exportações brasileiras de aço e alumínio têm como destino os Estados Unidos. Com a nova tarifa de 50%, grande parte dos contratos com compradores americanos se torna economicamente inviável.O que antes era um canal de lucro passa a exigir renegociação, cortes de margem ou até suspensão de vendas. Isso representa uma queda potencial no volume exportado, perda de faturamento e risco de demissões em usinas com alta dependência do mercado dos EUA. Dados do setor siderúrgico nacional Segundo o Instituto Aço Brasil, em 2024 o país exportou cerca de 9,6 milhões de toneladas de aço, sendo que os EUA representaram quase 5,2 milhões desse total. Esse nível de exposição torna o setor altamente vulnerável a decisões unilaterais de política comercial. Além disso, a produção nacional já vinha enfrentando pressões internas de custo, como energia e logística.Agora, com a tarifa de 50%, o cenário se agrava, forçando muitas empresas a procurar novos destinos comerciais ou reduzir sua capacidade produtiva. Reação de empresas e entidades A resposta foi imediata. Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Aço Brasil pressionaram o governo brasileiro por negociações diplomáticas. Empresas com maior estrutura iniciaram movimentos de diversificação de mercados — mas pequenos e médios produtores, que dependem de um ou dois clientes americanos, enfrentam agora sérios riscos operacionais. É aqui que a Feira Induspar ganha ainda mais relevância:ela funciona como ponte entre fabricantes brasileiros e compradores de outros países, criando redes comerciais mais resilientes. Em vez de esperar acordos políticos que podem levar anos, a Induspar oferece um caminho prático e imediato para quem precisa reagir agora. Como a Feira Induspar ajuda fabricantes brasileiros a enfrentar a tarifa dos EUA? Com a elevação da tarifa americana para 50%, o impacto sobre o aço brasileiro é profundo e imediato.Esperar por soluções diplomáticas deixou de ser uma opção viável. A Induspar surge como uma ferramenta estratégica para empresas que precisam proteger sua operação, manter contratos e abrir novos caminhos de exportação. Apoio à geração de novos negócios A Induspar não é apenas um evento — é um ambiente ativo de negócios.Com expositores de todo o país e compradores vindos da América Latina, Europa, África e Ásia, a feira viabiliza contatos reais e diretos com novos mercados. É a chance de sair da dependência do mercado americano e negociar com países que oferecem condições mais favoráveis. A estrutura da feira inclui agendamento de reuniões, suporte logístico e orientação

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